Eu sou um planeta totalmente fora de órbita vagando em um imenso vazio.
Eu sou uma estrela que brilhava entre a escuridão, mas que se apagou porque o brilho nao fazia mais tanto sentido.
Eu sou a árvore que floresce na primavera, mas tem as suas folhas cortadas no final da estação.
Eu sou aquele livro na sua prateleira que você passa por ele toda manhã, mas não tem tempo nem de ler o título.
Eu sou aquela comida que você nunca teve coragem de provar.
Eu sou a falta de palavras
Eu sou a poesia incompleta desde quando parei de me importar comigo mesma.
Eu sou um eterno infinito de incompletos que ja não me machucam.
Eu sou o medo do escuro
O grito no silêncio
O fio de luz na escuridão
Sou aquilo que me apriosiona desde quando parti e não disse adeus.
Eu sou a tentativa de escrever sobre o que me rasga o peito, mas agora, eu sou uma caneta sem tinta.
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